Espelhos

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Eis que tudo é miragem
se não roça nos olhos
Tais poços cristalinos
espelham a imagem da tripa
Que é a retina senão a boca da carne?

Os esqueletos escondidos
Desenterram-se nas íris
Espelhos, portas de entrada
E de saída, de emergência.

Eis que do vítreo tudo emerge
Há bestas sob a face do lago
Tu não decides se hoje a beija
Ou se dormirás no precipício.

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Adriel Alves

Poeta e cronista. Integrante do portal Fazia Poesia. Instagram: @purapoesiaa. Gostou do conteúdo? Se inscreva no link: https://adriel-alves.medium.com/subscribe