Expresso
Um miniconto sobre velocidade
Atrasado, levantou-se. Vestiu-se veloz. Pôs o expresso para fazer enquanto devorava o pão. Serviu o café fumegante e esperou esfriar um pouco para não queimar a língua. Já tendo engolido o último naco de pão, concluiu não haver tempo para o cafezinho. Correu e pegou a chave do carro. Saiu de sua garagem numa rápida acelerada. Em sua casa, o café amornou. Sessenta por hora, sinal fechando, ele achou que daria tempo, passou no vermelho. Um veículo fugaz investiu contra a lateral de seu carro. Na pressa, não havia posto o cinto. Voou do automóvel. Alou como passarinho fugindo da gaiola e ganhou o céu. O café esfriou…