Hecatombe
Devo narrar o destino de minhas tripas
A carne é formada do que se sacrifica
O rato morre pela fatia de queijo
A louva-a-deus guilhotina o parceiro…
Me circundam com cravos em mãos
Os santos altares têm sede de sangue
Que minha próxima morte não venha em vão
Ó divindade! Não esteja o queijo tão distante!
À ti oferto este pulsante e fervente coração
ᵍʳᵃⁿᵈᵉ deus (i)mundo, não o cuspa
É tudo o que tenho, a carne que nada custa
Sei que irás moer e dar de comer ao leitão.
Ó mundo, quando eu semear-te com sonhos inférteis
Quando gerar a tua prole orfã, decepar-me-á sem dó
De pele em pele sofrem estes teus filhos répteis
Neste teu moinho que reduz as ilusões a pó.
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