Horizonte
O horizonte encanta porque nunca o alcançaremos. Tudo o que a mão não toca vira ouro. No horizonte, onde o sol dorme e a lua rebenta, depositamos esperanças. A esperança, como uma semente, nem sempre dá pé, mas toda vida dá fé, a qual igualmente nos provê uma sombra fresca.
O arco-íris também intangível, gosta de repousar no horizonte, longe de nossos dedos. Só nos resta desenhar no ar com o indicador os desejos, assim como fazemos ao apontar para as constelações. O horizonte é um refúgio.
Quando caminhamos rumo ao horizonte, outro nasce, como se dissesse: “continue o caminho!”. A vida põe uma mensagem em nossa caixa “de correios” torácica: viver é movimento. O horizonte, mensageiro, incita as pernas a seguirem em frente. Para trás, um outro horizonte, confortável, sedutor, mas não tão atrativo quanto o adiante. O mistério à vista tem a beleza do que ainda não aconteceu. A beleza do imprevisível e daquilo que a pele não sentirá.
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