Jornada nos Amares da Vida
Eia! desbravarei teu riso, ó vida!
Não haverei de temer oceanos
De profundeza desconhecida
De monstros horrendos que contam
Daquele teu fim abismo temível
Não
Minha nau é feita de sonhos
Matéria que pedra não fura
Resistente como leve ternura
Tempestade nenhuma a virará
A cada intempérie avivarei
Numa chama perpétua
Que prisão alguma encarcerará
Náufrago, o sal invadirá a boca
Arderão os olhos, lacrimarão
Mas ideais são à prova de morte
Não se prendem à ilhas
Atam-se em coração
E quando atravessar, ó vida
teus amares e desamores
Ancorarei no infinito.