muita felicidade, muitos anos de vida
ascendo as velas
velejo ao horizonte
vislumbro nébulas
e linhas de sol
bruxuleio ao vento
pendo e vicejo
na valsa diária
desentorto quadros
logo desnivelam
arrumo papéis
logo desarranjam
nessa desconstrução
acolho a babel
serpeio
contra corrente
contra o líquido
averso à frascos
contra a força
desmesurada
empurro a pedra
tudo tão porcelana
tão ventania
mas a vela segue
erguida
feito lâmina empunhada
cortando os dias
e os fazendo sangrar
toda a alegria em seu peito
vou e abraço o horizonte
mantenho perto o porvir
amigo íntimo de longa data
venha o que vier
seja o que for
ainda estou aqui.
Gostou do conteúdo? Deixe aqui o seu aplauso (que vai de 1 a 50) e/ou comentário. Caso tenha interesse, inscreva-se aqui para receber um e-mail toda vez que eu publicar um novo texto. Estou também no Substack, você pode se inscrever para minha newsletter aqui.
Instagram: @purapoesiaa