Silêncio
Às vésperas do sono escuto estranhos estalos
Empreendo busca à fonte do ruído fantasmagórico
Era uma aranha enrolando a presa para o jantar
Estalidos que se tornaram estampidos na cortina gótica
Fiquei pasmo por ouvir tamanha pequeneza.
O silêncio traz à tona o som do vazio
Dá luz ao imperceptível, dá voz ao vento
Pare ecos, onde enfim nos ouvimos
E nem sempre agrada o que vem de dentro
Às vezes, esmaga a cabeça o som do pensamento.
Gosto de escutar silêncios
O nada esconde muita coisa
Na língua no imperceptível fala a poesia
Para percebê-la, só quem não vê,
sente.